terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Tempos de pipa (Saudade no peito,de uma criança gigante)


Tempo de pipa



Silvestre Condor 
De aspecto inocente
Tanta beleza do mundo 
no olhar de quem sente 



E as cores dessa aquarela
Os lírios e carmins 
Ia brincar de pega-pega no jardim



Fiz amizade com a Maria Silva
João e José pereira
e nesse azul etéreo 
no passado e nas fotografias
Só brincadeiras 



Nostalgia gostosa
Agora relembro 
e escrevo prosas 
de um vento



Pequeno para o mundo
Ainda sou
poeta diáfano 
dos dias
do amor 



Acalento penso
Sozinho revejo 
os momentos efêmeros
que essa  vida deixou 



E assim nos ímpetos de um coração
o céu e as estrelas me guiam
O mar me leva
Nesse sorriso de criança crescida 
Na avenida Tulipa
Pisca ela
a estrela da saudade
dos tempos de pipa.

Ingrid Lepore


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