segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Um amor a amar.









A poesia 


Para que ordem? A poesia é a desordem pura! É o ponto de prazer,o orgasmo.A poesia é o clitóris da mulher,é brusca,bruta e delicada,fértil.Menina amada! Não tem cor,não tem sabor,mas tem carisma e instantes.Poesia é o delírio,o lírio,a margarida,a liberdade de expressão, a escolhe dos manifestantes,é esquerda e direita,e certeira flechada de flores na alma.Poesia é o espirito,o beijo,o bêbado.É a pele,a sensibilidade abundante,a carne clama! O poeta a ama! É a noite,a lua, a luz do dia! O cálice de vinho,o café,o carinho.A poesia é a orgia da vida com três putas chamadas desejo,solidão e dor.Poesia é dada,liberada.A compaixão dos pobres, a magia dos magos,a poesia é rica.Perdida na multidão,nos bares,nas essências vagantes.Cada paranoia excitante,o inconsciente freudiano,cada maluquice de Bukowski,cada sentimento de Moraes.Ela devora feito a vontade,absoluta,beleza procurada,localizada em cada olhar em cada origem, em cada osso, em cada peito,poesia é o coração,do homem que ama sem limites,ama sem exatidão.



Ingrid Lepore

Pegue sua cerveja,Bukowski em ação! - Notas de um velho safado.


As notas foram escritas a pedido de Bryan,para uma tal coluna semanal.Assim o velho safado,mistura uma linguagem totalmente explicita.sexo,boemia,e bebidas em suas crônicas,frases e contos. 
   O livro Notas de um velho safado possui uma característica unica de Bukowski,sempre mencionando a sua fiel companheira cerveja,seu ponto de vista apolítico,sua critica a Shakespeare, e alguns escritores.Usando e abusando de sua própria pontuação,Bukowski obsceno cria personagens diversos,estranhos,doentios,por exemplo : 




Yevonna : Psicótica,esquizofrênica 
William : Homessexual de 32 anos "dominado" pela mãe 
Renie : Strep-Tease vizinha amiga de Miriam 
Harry : Viciado em pássaros 
Maggy : Indiana-irlandesa,bêbada 

Entre outros [...] 
Bukowski revela um mundo sujo,malicioso e bizarro,desmascarando pessoas e casos malucos de um "Homem Gélido" ,um cara que colecionava cadáveres de pessoas que não gostava,putas,orgias,'bucetas' e mais bucetas!

Aqui algumas citações que achei interessante e sublinhei no livro : 







" Os fanáticos religiosos estão avançando juntamente com os fanáticos revolucionários e você não consegue diferenciar cu de buceta,irmãos.imaginem isso e vocês ja têm um começo.ouçam com atenção e vocês ja têm um começo.engula tudo e você esta morto.Deus mandou da árvore,jogou a cobra e a buceta apertada do Paraíso para longe e agora você tem Karl Marx atirando maças douradas da mesma árvore,principalmente no rosto do preto" 


"Pensamentos bonitos e mulheres bonitas jamais perduram "

Sobre Shakespeare : 

"Prefiro ouvir sobre um vagabundo americano vivo do que sobre um Deus grego morto."

"Vamos dizer,aos 22,23 ainda apresenta novidades suficientes para que eu seja alguma espécie de Romântico fodido;acho a vida vagamente interessante ao invés de realmente aterradora.mas a noite vai passando e então olho ao redor-estou misturando bebidas-quer dizer comprando doses puras,vinho,cerveja-estou tentando me derrubar mas nada da certo e deus ainda não chegou" 

"Não é uma Democracia,é uma Demência.Um país que se encolhe para punir os seus criminosos,disciplinar os seus filhos,prender os seus loucos...." 


Recomendo também Misto Quente,Mulheres,e Pulp!
Beijos


Por : Ingrid Lepore







sábado, 27 de dezembro de 2014

Universo Psicodélico




Viajar em nuvens de algodão,doces sonhos e cores ao som de uma velha guitarra! Relembrar as épicas bandas de 1970 e apreciar as atuais! Aqui vai algumas dicas de bandas psicodélicas,para uma good tripe!
Relaxe

Eu preciso de algumas informações primeiro
Apenas coisas básicas
Você pode mostrar onde dói?

Não há dor, você está desaparecendo
Como a fumaça de um navio distante no horizonte
Sinto você apenas em ondas
Seus lábios se movem mas não consigo ouvir o que diz
Quando eu era criança eu tive uma febre
Minhas mãos pareciam dois balões

Pink Floyd 



The Byrds - Turn! Turn! Turn!




  David Bowie - Space Oddity



 Tame Impala - Feels Like We Only Go Backwards



Temples - Shelter Song




Cream-Disraeli Gears 1967(Full album)

                                  



 The Fool - The Fool (1969)




Poesia I

Passaporte

Inverno das rosas
No meu peito
As cores assombrosas
Em meu leito
As imensas embarcações
Estranhos entram
Ficam as ações
Culpados os sujeitos?
Tiros ao alvo
Tiros a queima roupa
Qual face salvo?
A maluca ou a louca?
Enfim a vida após a morte
Enfim a morte após a arte
Enfim a ilusão da sorte
Enfim a mente parte
Em que bar?
Irei amar?
Em que cara ou coroa me perdi?
Em que roupa?
Em que pessoa?
Se foram todas
E agora hei de ir.


Ingrid Lepore.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Ciclos da Lua




Ciclo da Lua
César Magalhães Borges




Quem nunca se perdeu em pensamentos,ou escrevendo,olhando para a lua e apreciando-a?.
Nessa imagem esta representada a Carta Lunar,a representação dela é composta de : Verde,vermelho,violeta e azul = a primavera,o verão,o outono e o inverno como também,os elementos da natureza.

Lua nova : Verde
Lua crescente : Vermelho carmim
Lua Cheia : Violeta
Lua minguante : Azul 


César Magalhães apresenta em seus poemas cósmicos,uma contemplação imensa a natureza,em todas as partes lunáticas de seu livro.

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Na lua nova apresenta a colheita da poesia,abrindo o baú astrológico com a poesia "Na trilha"

"A carreira do poeta
é solo
e muito chão
até chegar
ao alto

A colheita do poeta,
no instante
é pó
e aguá
muita aguá
e pó
até ser barro
construindo vida"


Acaba a Lua nova com a poesia "dados de sol"

"Uma brisa
incandescente
me deixa
a tua imagem
na luz 

deste se pôr. "

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Começando a Lua crescente,César preenche as folhas com "Renovada",citando pássaros durante a estação.Logo após o poema "Trabalho"

"Na idade do cromo
os homens derretem:
Vou trabalhar com o quê?
Vou trabalhar para quem?
Vou trabalhar sem fim?
Vou trabalhar pra mim? "

Concluindo que o trabalho suado é abençoado,e digno pelo pão de cada manhã.

Também cita Buda ( Sidarta Gautama),relatando ao deus que ainda é cego perante tudo que o espirito vê.Pedindo lhe desculpas,e finalizando com um breve verso

"Me desculpe,Buda
desculpe e perdoe
Mas deus sabe
que sou ocidental.

Finaliza assim,com a poesia "Estação das Chuvas"

" O lavrador da boa semente
não precisa olhar para trás
para ver árvore
ou frutos,
sabe da obra do sempre
e,voltado para frente,
se põe a espalhar as sementes
que ainda tem nas mãos

As chuvas estão a caminho.

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Na Lua Cheia inicia com "Plantio", e logo após Cheia;Onde pede para a chuva que se vá,volte e se repita;Citando o amor,a paixão

"( O amor que é fogo se eterniza ) "


Logo após o poema "Garrafas no mar", um dos que mais gostei no livro.O autor fala sobre o universo,que vai além,e sobre um amor,(blues e serenata).
Noto que a desenvoltura do poema é maravilhosa,a métrica,e o consenso.

Finaliza a Lua cheia com Esperantos

" Muito se falou
de um futuro multirracial
sem contar que a miséria
acirraria os ódios,
cerraria os olhos
e apartaria as mãos"

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A ultima Lua do Clico é a Lua Minguante.Concluindo a 4°Fase,o autor relata a 4°Face,mergulhando após na magnifica "A bordo de tempos remotos" e muitas outras.
Realmente é uma aventura a Lua Minguante.Terminando com "Vilas",citando em seus versos,uma conclusão das fases,as mudanças,as metamorfoses poéticas aprofundada nesse paradoxo.

Ciclo da Lua

Tudo vem como um lampejo
e eu contemplo e beijo
a oportunidade de cantar,
vendo que a canção perdura
sobre o esporte dos reis,
o jogo dos mestres.

No rosto enrugado do mundo,
leio uma face jovem,lisa:
O passado
Passa por sobre si próprio
para se constituir presente
sempre.

Hoje a lua contempla e beija
as faces com seus miterios
Ciclo-círculo completo e belo,
lógico e indiferente á lógica,
ciência de mudanças
que nos fita
com um olhar imóvel
vendo que a canção perdura
sobre o esporte dos reis,
o jogo dos mestres.


Navegue por esse universo profundo,por cada fase da lua e de si próprio.Sendo assim,cada lua uma face, um esboço de nossas próprias mudanças contínuas.Somos uma metamorfose,somos a evolução,a lua o feto da poesia,a paixão dos poetas! A primavera,verão,o outono e o inverno,traduzidos em sentimentos.
Ciclos da lua? Ou ciclos de nós?

Que tal lermos tudo de novo?
Feliz daquele que fala do universo com versos.

Gilberto Sorbini.


segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Paulo Leminski (Fred Góes e Álvaro Marins)


Sinopse : 
"Samurai e malandro,Leminski ganha a aposta do poema,ora por um golpe de lâmina,ora por um jogo de cintura.Tão rápido que nos pega de surpresa;quando menos se espera,o poema já esta ali.E então o golpe ou a ginga que o produziu parece tão simples que é quase um desaforo"
"Leyla Perrone-Moisés"


Resenha : 

Fred goés e Álvaro Marins começam o livro retratando um pouco sobre Paulo Leminski e suas obras.Citam tais como: Invenção (Cinco poemas), Leminski sendo porta voz dos poetas concretos de São Paulo.Os livros contraculturais de 1960;Caprichos e relaxos (1983),Distraídos venceremos (1987), e sua grande admiração por Leon Trotski ( A paixão segundo a revolução 1986).
Os autores exploram características estranhas de Leminski,,marcadas pelo texto Catatau² publicado em 1975,enigmático e em prosa poética.
Comentam sobre a participação de Leminski em musicas de MPB,sobre seu album com Jack Pires (40 Clics),e a dedicação de Caetano Veloso com a canção "Verdura" em 1981.
Outros relatos importantes são sua abertura a imprensa em 1983,publicando as obras Cruz e Souza,Bashô, e Caprichos e relaxos.seguindo a "poesia marginal".
Nessa pequena introdução Fred goés e Álvaro Marins citam todas suas obras,incluindo "Jesus a.C" ( interessante texto sobre um cristo poético)sua parceria com Alice Ruiz;Haitropikais,também seu ultimo livro de poemas La vie en close onde é composta por uma unica exclusividade de haicais.
O livro tem como conteúdo,uma mistura de poemas maravilhosos,explorando cada vez mais nossa alma barroca. 

Abaixo uma amostra da coleção melhores poemas :

 
Não discuto
com o destino

o que pintar 

eu assino

(Caprichos e Relaxos)
Paulo Leminski


Resenha por;Ingrid Lepore.